A quantidade de ações na Justiça, ajuizadas pela Defensoria Pública, contra o Estado ou o município de Maceió, mostra o tamanho do caos na saúde pública: quem não consegue atendimento em postos ou nos hospitais, tem de recorrer aos advogados, se quiser continuar a respirar.
O Núcleo de Saúde da Defensoria Pública registrou, em 2010, 1.231 ações individuais. De 27 de julho de 2009 ao final daquele ano foram 711. São 20 atendimentos por dia só nesta área, pessoas buscando tratamento público contra câncer, diabetes ou cirurgias. A Defensoria atende, em média, 350 pessoas/dia, em todos os serviços.
Isso significa que o serviço público não consegue oferecer respostas, por exemplo, aos diabéticos e os números da Secretaria de Vigilância em Saúde mostram que Alagoas é líder nacional em mortes pela doença, com 56 mortes para cada 100 mil habitantes. A média brasileira é 33 por 100 mil. Estes dados se referem a 2007 e foram divulgados em dezembro do ano passado.
Lembrando que estas ações superlotam a Justiça. E a justiça alagoana, segundo o Conselho Nacional de Justiça, é uma das mais lentas do Brasil.
Fonte: Blog do Odilon
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